A transformação do ciclo Egípcio de 10 dias para o ciclo de 7, através da criação do povo judeu
Com os hebreus que surgiram em cena com o desterro dos povos semíticos por Babilônia, ao que tudo indicam, adotaram esse ciclo, alterando seu significado. Para seu monoteísmo criado no exílio pelos sacerdotes semitas, os deuses babilonicos nada significavam, mas o sétimo dia babilônico tornou-se um dia de culto a Javé, e no mito criado pelos sacerdotes, eles por tererem supostamente quebrado e esquecido desse culto, foram castigados com o desterro em Babilônia, e de lá saíra com a semana usualmente típica daquele povo, e consequentemente adotando o nome do dia que, uma vez por mês, os babilônios dedicavam especialmente ao culto dos deuses, principalmente a Lua. Pois shabbatu, em Babilônia, era o dia de "apaziguar os deuses" (a palavra, de origem suméria, significa "apaziguar-corações"). Os sábios sacerdotes semitas criaram no exílio um povo, uma religião monoteísta e granjearam enormes ofertas desse povo desterrado e sofrido, unificando inúmeros clãs ao criar o mito de um povo chamado Israel. O mito na mão dos sacerdotes deu origem ao povo judeu que surgiu após a queda de Babilônia, pelo apoio do persas que autorizaram os sacerdotes irem como o povo para a derrubada Jerusalém. Nascia aí o povo Judeu e a religião Judaica, que guar-dava o dia de ‘apaziguar – acalmar os Deuses).
Mas quando o dia de apaziguar os deuses foi transformado em sábado? Não se sabe com certeza a data exata. Mas há indícios de que os semitas hebreus seguiram ori-ginalmente uma semana de dez dias. Sabe-se que o Egito do tempo dos faraós - que por muito tempo dominaram Canaã e os ancestrais dos hebreus - tinham de fato uma semana de dez dias, cuja sombra ainda se percebe nos "decanatos" da astrolo-gia, que dividem o ano e o Zodíaco em 36 seções de aproximadamente dez dias. E a própria narrativa do Gênesis dá a impressão de ter sido originalmente dividida em dez dias ou fases, para ser mais tarde "comprimida" nos sete dias da semana adotada mais tarde.
Considerando que os semitas hebreus só vieram a conhecer o ciclo de Sete dias na Babilônia, e conheciam a fundo a cultura egípcia pois estavam residindo sempre na palestina controlada pela cultura egípcia e respectivo poder político, e eram súditos egípcios em província egípcia, foi com esse contato Babilônico que os sacerdotes aproximadamente em 700 ou 500 AEC, adotaram da cultura babilônia a semana de sete dias.
Vinculados a liturgias
A Igreja católica combateu os nomes pagãos, mas a campanha só vingou no continente europeu em Portugal e na Galiza. Feria significa “dia de mercado”, “dia santo” em latim. A Igreja santificou os dias da semana. Depois disto o primeiro dia de fé e de mercado receberia o nome de “dia do Senhor” (Domenicus dies). Por influência judaica, o sétimo se denominou “dia do sabá” (sabbatum). Quanto ao sentido de “mercado” que temos na palavra “feira”, lembre-se de que na Idade Média os dias santos eram dias de mercado. Os dias tinham na designação pagã os nomes de dia de Marte, dia de Mercurio, dia de Jupiter, dia de Vénus e dia de Saturno.
SEMANA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2010. Disponível em: