terça-feira, 28 de outubro de 2008

proporções "Épicômicas"





Vénus de Willendorf , a segunda imagem, segundo alguns representa a deusa mãe, deusa da fertilidade da Europa Neolítica. Uma estatueta com 11,1 cm, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22000 ou 24000 anos.

O apelido com que ficou conhecida causa alguma relutância a alguns estudiosos actuais, que não conseguem ver nesta figura com características de obesidade a imagem clássica de uma Vénus. Christopher Witcombe, professor na Sweet Briar College, em Virgínia por exemplo, refere que "a identificação irónica destas figuras com Vénus satisfez de forma prazenteira alguns conceitos correntes, na época, sobre o que era o homem primitivo, sobre as mulheres e sobre o sentido estético". Outros autores têm alguma relutância em identificá-la como a deusa Mãe-Terra (Grande Mãe) da cultura européia do Paleolítico. Alguns sugerem que a corpulência representa um elevado estatuto social numa sociedade caçadora-recolectora e que, além da óbvia referência à fertilidade, a imagem podia ser também um símbolo de segurança, de sucesso e de bem-estar.

A Vénus faz parte da colecção do Museu de História Natural de Viena (Naturhistorisches Museum).

Outras representações semelhantes foram descobertas depois desta, ficando também conhecidas como "Vénus".

Estatueta de Vénus é um termo genérico para uma série de estatuetas pré-históricas (do Período Aurignaciano do Paleolítico Superior, por exemplo) de mulheres, que compartilham certas características (muitas delas são de mulheres obesas ou grávidas). Essas estatuetas já foram encontradas da Europa Oriental até a Sibéria e foram feitas em pedras moles, como esteatite, calcita ou calcário, ossos ou marfim, ou ainda criadas em argila e depois aquecidas. Algumas delas são os objetos de cerâmica mais antigos de que se tem conhecimento.

A primeira representação de uma mulher do Paleolítico Superior foi descoberta em 1854 pelo Marquês de Vibraye, em Laugerie-Basse (Dordogne). Essa Vénus, do Período Magdaleniano, não tem cabeça, pés ou braços, mas apresenta uma grande abertura vaginal. Outro exemplo é a Vénus de Brassempouy, encontrada por Édouard Piette em 1894. A famosa Vénus de Willendorfloess, no vale do Danúbio, na Áustria. Desde então, centenas de figuras semelhantes já foram descobertas desde os Pirineus até as planícies da Sibéria. São coletivamente descritas como figuras de Vénus, em referência à deusa da beleza na romana. foi encontrada em 1908 em um depósito de

Em alguns exemplos, certas partes da anatomia humana são exageradas: abdômen, quadril, seios, coxas e vulva. A questão sobre a Esteatopigia de algumas das figuras foi levantada pela primeira vez por Édouard Piette, que descobriu a Vénus de Brassempouy e outras estatuetas nos Pirineus.

Arqueólogos acreditam que as estatuetas são emblemas de segurança e sucesso, ícones de fertilidade ou de pornografia, ou ainda representações diretas de deusas locais. A aparente obesidade das figuras implica fortemente um foco na fertilidade já que, no tempo se sua elaboração, a sociedade humana ainda não tinha inventado a agricultura.


em tempos de mulher-melancia obesidade se torna sinônimo de gostosura... bem, ponto para o s gordinhos! =P


Et vive la diversité!! \0/


sábado, 4 de outubro de 2008

Enleada


não mais...

Para Rebecca

terça-feira, 30 de setembro de 2008

A festa no céu


Espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de vôo.
Imaginem quem foi dizer que ia também à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e nem sabendo dar uma carreira, seria capaz de aparecer naquelas alturas. Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos só faltaram morrer de rir. Os pássaros, então, nem se fala!
O Sapo tinha seu plano. Na véspera, procurou o Urubu e deu uma prosa boa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse:
- Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
O Urubu respondeu:
- Você vai mesmo?
- Se vou? Até lá, sem falta!
Em vez de sair, o Sapo deu uma volta, entrou na camarinha do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola num canto e foi procurar as outras aves. O Sapo botou um olho de fora e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e ganhou a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo só fazia conversa mole. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra feita.
O sol saindo, acabou-se a festa e os convidados foram voando, cada um no seu destino. O Urubu agarrou a viola e tocou-se para a Terra, rru-rru-rru...
Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o Sapo mexeu-se e o Urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola.
- Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser confiado...!
E, naquelas lonjuras, emborcou a viola. O Sapo despencou-se para baixo que vinha zunindo. E dizia, na queda:
- Béu-Béu!
Se desta eu escapar,
Nunca mais bodas no céu!...
E vendo as serras lá em baixo:
- Arreda pedra, se não eu te rebento!
Bateu em cima das pedras como um genipapo, espapaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do Sapo, juntou todos os pedaços e o Sapo enviveceu de novo.
Por isso o Sapo tem o couro todo cheio de remendos.



Lembro de minha vó contando essa histórinha para a gente dormir quando pequena... Ah Dona Orlanda, seus causos fazem falta...

malvados_Top




sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Il bacio


«Um beijo é um segredo que se diz na boca e não no ouvido.» JEAN ROSTAND

Cidade de pedra





"são paulo é bonita por que é feia, e como toda feia que se preza, beija gostoso. que o Vinicius me perdoe, mas feiúra é fundamental"

São Paulo, a cidade da garoa, a cidade que nunca dorme, a cidade dos negócios, da desigualdade social, dos estressados, dos bons restaurantes… São Paulo a cidade de mil faces.





AMO

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pierrot


Ultimo Romance
Los Hermanos

Composição: Rodrigo Amarante

"Eu encontrei-a quando não quis
mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
a minha TV num jeito de te levar
a qualquer lugar que você queira
e ir onde o vento for, que pra nós dois
sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar"

http://www.youtube.com/watch?v=9HMDk57UTSc




para Colombina de Arlequim

Finesse

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Jackcoffee











Seu gosto, seu perfume, seu abraço, sua pele...





"Eu quero um duplo, por favor..."

sábado, 16 de agosto de 2008

How to fly


remember:

1)straight legs

2)flap arms

3)pray

4)cape

5)pants outside trousers

segunda-feira, 21 de julho de 2008

La chanson de l'amour

Se eu tivesse um canudinho...



εϊз
.
.
'Se eu tivesse um canudinho
Eu chupava você
Pra dentro do meu mundinho
Pra comigo viver
Pra comigo viver
.
Se eu tivesse um canudinho
Eu me enchia de você
E acabava com o vazio
O vazio de viver
.
Se eu pudesse te liquefazer
Eu te bebia até ficar de porre
Você me embebeda
Você me enlouquece
Ai meu Deus, como você pode?'
.
[Canudinho, Renata Arruda]
.
.
εϊз

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Il Bambino



que o panteão consiga te consolar
e que te dê forças nesse momento...



p/ o meu mininu bommm

sábado, 3 de maio de 2008

tradução, uma arte


Superheroes

Caio Fernando Abreu


"ainda que dentro de mim as águas apodreçam e se encham de lama e ventos ocasionais depositem peixes mortos pelas margens e todos os avisos se façam presentes nas asas das borboletas e nas folhas dos plátanos que devem estar perdendo as folhas lá bem ao sul e ainda que você me sacuda e diga que me ama e que precisa de mim: ainda assim não sentirei o cheiro podre das águas e meus pés não se sujarão na lama e meus olhos não verão as carcaças entreabertas em vermes nas margens ainda assim eu matarei as borboletas e cuspirei nas folhas amareladas dos plátanos e afastarei você com o gesto mais duro que conseguir e direi duramente que seu amor não me toca nem comove e que sua precisão de mim não passa de fome e que você me devoraria como e devoraria você ah se ousássemos..."

O mais cosmopolita dos escritores gaúchos nasceu na pequena cidade de Santiago, em 1948, perto da Argentina.

Contista, romancista, dramaturgo, poeta e jornalista, prêmios Jabuti, em 1984 e 1989,Caio Fernando Abreu tornou-se o retrato 3x4 da classe média da última metade do século XX que correu o mundo, libertou-se dos condicionamentos e exaltou a vida com alta dose de erotismo e politização.

Caio foi hippie, beat e místico e, ao mesmo tempo, confessional e clássico. Transpirava rigor em sua literatura, um rigor espartano, de sacrifício monástico, e buscava em igual medida a comunicabilidade imediata. Temperou sua ficção intimista com referências pop e chamou o leitor para mais perto. As evocações de uma amizade, de uma música, de um poema e de um lugar abriam seus textos para a identificação emocional. Construiu personagens isolados no mundo e de temperamentos introvertidos, que entravam na maioria das vezes em conflito com a sociedade.

Experimentou um período, de um lado,repressor, na política, e, de outro, de liberação e efervescência, na vida cultural. Entre o regime militar e a tropicália, fez sua estréia com O Inventário do Irremediável (1970). Trazia em seus contos a negatividade do pensamento e a volúpia da ação. Porta-voz de uma tribo encantada e desencanada nos anos 60, que depois viria a ser desencantada e encanada nos 80. Tanto que o verdadeiro almanaque oitentista é Morangos Mofados. Participou do boom do conto, ao lado de Rubem Fonseca, Dalton Trevisan e Ignácio de Loyola Brandão. As narrativas breves gozavam de uma popularidade similar daquela das canções, tomavam as últimas páginas das revistas e a preferência do público, com cada vez menos folga para leituras alentadas.

Caio Fernando Abreu é a síntese do Pós-Modernidade. "Antecipou a fragmentação, que forma o discurso hoje nas artes plásticas e na literatura. Sua obra não propõe uma unidade, uma totalidade, o pedaço se sobrepõe ao todo. Caio fala dessa impossibilidade de se atingir o conjunto", afirma.





Para Luana

Tons

rósea
âmbar
índigo

Secret

Enter Sandman(1991) Metallica

"...Exit light,
Enter night.
Take my hand,
Off to never never land.
Now I lay me down to sleep,
Pray the lord my soul to keep.
If I die before I wake,
Pray the lord my soul to take.
Hush little baby, don't say a word,
And never mind that noise you heard.
It's just the beast under your bed,
In your closet, in your head.
Exit light,
Enter night.
Grain of sand.
Exit light,
Enter night.
Take my hand,
We're off to never never land."

A small bite



"Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. ..." Fernando Pessoa_ POEMA: No vale clareia uma fogueira

Brasília me irrita...

American Beauty & Sidaction




Uma das pouquíssimas vezes onde a fuga da arte pela arte realmente valeu a pena.
Fotos por Kazuo Okubo feitas para o Ministério da Saúde para uma campanha contra a AIDS, abaixo, um vídeo francês de excelente qualidade sobre o mesmo tema.


http://www.youtube.com/watch?v=Bm4KxWqcZaU&eurl

“Boop-Oop-a Doop-Girl”








On the 16th of January 1932, seventy five years ago, the Max Fleischer Talkartoon Boop-oop-a-Doop was released.

Betty Boop was modeled by Grim Natwick, after singer / actress
Helen Kane.

He used a image of a sheet cover he had found of her and took Kane's physical features and blended them with a poodle. That's why Betty looks more like a dog then a human being in the first cartoons. In Boop-Oop-a-Doop Betty is formed as the beloved Boop-boop-a-doop girl as we know her.

Helen Kane made a lot of recordings with Leonard Joy and his Orchestra around 1930. It's funny to listen to, because her voice sounds like Betty's ( or is it the other way around?). Betty's voice was done by Mae Questel, who made some records too as Betty Boop.

By 1932, with Boop-Oop-a-Doop as a good example, Betty's character was completely modified, no longer a poodle, but a femme fatale as we know her.

Her cartoons were labeled Talkartoons. She also made Screen Songs, films concentrated on a song, to sing along with the bouncing ball.

When you watch these early Betty Boop cartoons, you will be astonished about the rather open sexual themes. In the mid 1930s, with a more stricter censorship laws for films, her garter, short skirts and decolletage were gone and she became a cartoon figure suitable for little children.

A Betty Boop Screen Song:

http://www.youtube.com/watch?v=6lVAi323RQQ

domingo, 27 de abril de 2008

Smells like a teen spirit

Toilet

Jazz e humor negro, combinação perfeita...

Sim, eu adoro os vilões da Disney!!!


Ask Cruella how she's feeling and she'll reply with extravagant glee, "Miserable, darling, as usual. Perfectly wretched." And that's the way she likes it.
Created by Marc Davis, talented animator of both Maleficent and Cinderella, Cruella is considered a masterpiece of animation art and design. Voiced by Betty Lou Gerson (who also voiced Mrs. Birdwell of the "What's My Crime" gameshow panel), she performed a manic take-off on famous actress Tallulah Bankhead. Character actress Mary Wickes (recently seen in "Sister Act" and "Little Women") performed the live-action reference that helped bring to life one of the most wicked of Disney villains.

Film: "101 Dalmatians" (1961)

http://www.youtube.com/watch?v=EucdwAz5uyo
http://www.youtube.com/watch?v=E9XFFUrvRqw
http://www.youtube.com/watch?v=rwOMcVLcDpg&feature=related


Cruella De Vil
Cruella De Vil
If she doesn't scare you
No evil thing will.

To see her is to take a sudden chill
Cruella, Cruella De Vil.

The curl of her lips
The ice in her stare
All innocent children had better beware.

She's like a spider waiting for the kill.
Look out for Cruella De Vil

At first you think Cruella is the devil
But after time has worn away the shock
You come to realize
You've seen her kind of eyes
Watching you from underneath a rock.

This vampire bat
This in-human beast
She ought to be locked up and never released.

The world was such a whole-some place until..
Cruella, Cruella De Vil..

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Cheshire cat
















Alice no País das Maravilhas
O Gato de Carroll mostra-se à menina como um companheiro nos momentos em que ela precisa de uma resposta sobre o que fazer. É um dos poucos personagens com quem ela consegue manter um diálogo mais brando e também o único que a explica o porquê de determinadas coisas. É ele, por exemplo, quem diz a Alice que todos, naquela terra, são loucos e que o motivo de ela estar lá seria porque, provavelmente, teria sua própria dose de loucura.
Ele é, pois, a criatura sábia que conduz e aconselha Alice em sua aventura, uma espécie de Grilo Falante, uma consciência figurativa. E é, ainda, o pensamento científico da narrativa porque comprova o que fala, embora mantenha sempre sempre uma linha tênue entre a genialidade e a loucura.


"`Cheshire Puss,' [Alice] began, rather timidly, as she did not at all know whether it would like the name: however, it only grinned a little wider. `Come, it's pleased so far,' thought Alice, and she went on. `Would you tell me, please, which way I ought to go from here?'
`That depends a good deal on where you want to get to,' said the Cat.
`I don't much care where--' said Alice.
`Then it doesn't matter which way you go,' said the Cat.
`--so long as I get SOMEWHERE,' Alice added as an explanation.
`Oh, you're sure to do that,' said the Cat, `if you only walk long enough.'"
"`But I don't want to go among mad people,' Alice remarked.
`Oh, you can't help that,' said the Cat: `we're all mad here. I'm mad. You're mad.'
`How do you know I'm mad?' said Alice.
`You must be,' said the Cat, `or you wouldn't have come here.'
Alice didn't think that proved it at all; however, she went on `And how do you know that you're mad?'
`To begin with,' said the Cat, `a dog's not mad. You grant that?'
`I suppose so,' said Alice.
`Well, then,' the Cat went on, `you see, a dog growls when it's angry, and wags its tail when it's pleased. Now I growl when I'm pleased, and wag my tail when I'm angry. Therefore I'm mad.'"

Lewis Carrol










Per te, la luna puo guidarti nella notte