Vénus de Willendorf , a segunda imagem, segundo alguns representa a deusa mãe, deusa da fertilidade da Europa Neolítica. Uma estatueta com 11,1 cm, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22000 ou 24000 anos.
O apelido com que ficou conhecida causa alguma relutância a alguns estudiosos actuais, que não conseguem ver nesta figura com características de obesidade a imagem clássica de uma Vénus. Christopher Witcombe, professor na Sweet Briar College, em Virgínia por exemplo, refere que "a identificação irónica destas figuras com Vénus satisfez de forma prazenteira alguns conceitos correntes, na época, sobre o que era o homem primitivo, sobre as mulheres e sobre o sentido estético". Outros autores têm alguma relutância em identificá-la como a deusa Mãe-Terra (Grande Mãe) da cultura européia do Paleolítico. Alguns sugerem que a corpulência representa um elevado estatuto social numa sociedade caçadora-recolectora e que, além da óbvia referência à fertilidade, a imagem podia ser também um símbolo de segurança, de sucesso e de bem-estar.
A Vénus faz parte da colecção do Museu de História Natural de Viena (Naturhistorisches Museum).
Outras representações semelhantes foram descobertas depois desta, ficando também conhecidas como "Vénus".
Estatueta de Vénus é um termo genérico para uma série de estatuetas pré-históricas (do Período Aurignaciano do Paleolítico Superior, por exemplo) de mulheres, que compartilham certas características (muitas delas são de mulheres obesas ou grávidas). Essas estatuetas já foram encontradas da Europa Oriental até a Sibéria e foram feitas em pedras moles, como esteatite, calcita ou calcário, ossos ou marfim, ou ainda criadas em argila e depois aquecidas. Algumas delas são os objetos de cerâmica mais antigos de que se tem conhecimento.
A primeira representação de uma mulher do Paleolítico Superior foi descoberta em 1854 pelo Marquês de Vibraye, em Laugerie-Basse (Dordogne). Essa Vénus, do Período Magdaleniano, não tem cabeça, pés ou braços, mas apresenta uma grande abertura vaginal. Outro exemplo é a Vénus de Brassempouy, encontrada por Édouard Piette em 1894. A famosa Vénus de Willendorfloess, no vale do Danúbio, na Áustria. Desde então, centenas de figuras semelhantes já foram descobertas desde os Pirineus até as planícies da Sibéria. São coletivamente descritas como figuras de Vénus, em referência à deusa da beleza na romana. foi encontrada em 1908 em um depósito de
Em alguns exemplos, certas partes da anatomia humana são exageradas: abdômen, quadril, seios, coxas e vulva. A questão sobre a Esteatopigia de algumas das figuras foi levantada pela primeira vez por Édouard Piette, que descobriu a Vénus de Brassempouy e outras estatuetas nos Pirineus.
Arqueólogos acreditam que as estatuetas são emblemas de segurança e sucesso, ícones de fertilidade ou de pornografia, ou ainda representações diretas de deusas locais. A aparente obesidade das figuras implica fortemente um foco na fertilidade já que, no tempo se sua elaboração, a sociedade humana ainda não tinha inventado a agricultura.
em tempos de mulher-melancia obesidade se torna sinônimo de gostosura... bem, ponto para o s gordinhos! =P